A casa JF se organiza a partir de um pátio central, que contém os elementos de permanência e lazer (como piscina e gramado plano), e circundado por três volumes que se abrem pra ele - sala, cozinha e quartos. O aclive acentuado do terreno – são sete metros entre o ponto mais baixo e o mais alto – permitiu distribuir esses espaços em três níveis (acesso/garagem, sala/cozinha, quartos). O escalonamento dos volumes ao longo do terreno gerou visadas privilegiadas a partir de cada ambiente, garantindo ao volume dos quartos uma condição de mirante.
O acesso à casa acontece a partir de uma escadaria que rasga a lateral do volume principal (sala) e se configura como sua única abertura para o exterior. Desta forma, o percurso de entrada se torna um elemento de transição entre o espaço exterior, público, e interior, privado, que reduz a luz do dia para que os olhos se adaptem a luz da casa e, imediatamente depois, se deslumbrem com a luminosidade do pátio. O último patamar da escada de acesso acontece na interseção entre o volume da sala e o da cozinha. Neste ponto se localiza o estúdio de trabalho que, como um panóptico, possui o domínio visual dos principais espaços da casa e vista para o exterior.
A cozinha e a sala de jantar compartilham o mesmo espaço sob a abóboda em concreto, que garante um pé-direito alto, iluminação e ventilação natural. É neste espaço onde todos os percursos se cruzam: quem vem ou vai da sala para o do quarto, ou quem adentra a casa, tem a cozinha como o primeiro espaço de chegada. Toda a dinâmica da casa passará pela cozinha, se tornando o principal espaço de encontro e produção.
Cliente: Confidencial.
Data: 2021-2024.
Equipe: Rafael Balbi, Silvana.
Local: Juiz de Fora, MG
Área: 300m2
Maquete: Robério Catelani
.jpeg)
.jpeg)
.jpeg)
.jpeg)
