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Projeto para construir parque na Cidade Nova recebe apoio da Prefeitura e empresas privadas

Parque Cidade Nova

Rio - A Rede Comunidade Acolhedora, projeto que reúne iniciativa privada e órgãos municipais, foi lançado na manhã desta quinta-feira, no Circo Crescer e Viver, na Cidade Nova, Centro do Rio. O principal objetivo, segundo os autores, é melhorar o diálogo entre as grande empresas que se instalaram no bairro e os moradores, que ainda não se beneficiaram com as transformações da região. O principal projeto levado ao encontro foi a criação do Parque Cidade Nova, um corredor verde que propõe fechar o trânsito de algumas ruas e transformá-las em áreas verdes, de forma a minimizar o calor que os novos prédios, em sua maioria espelhados, lançaram sobre a região. Orçado em R$ 6,6 milhões, o parque já está aprovado pela CET-Rio e conta com 30% do valor já garantido pela prefeitura através de verbas de contrapartida. A ideia do parque é ressignificar o bairro, que deixaria de ser um local de passagem para automóveis para voltar a ser um lugar de circulação, como foi planejado originalmente e assim funcionou até que a infraestrutura viária transformasse a cidade nos anos 60.


Estiveram presentes no encontro: BR Distribuidora, Centro Integrado de Comando de Controle (CICC), Technic FMC, Universidade Estácio de Sá, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Eco Sapucaí, além de alguns órgãos públicos como Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Fundação Leão XIII e Secretaria municipal de Assistência Social e Direitos Humanos.


“Precisamos ressignificar esta infraestrutura criada para os carros e transformar avenidas e viadutos inóspitos em locais verdes para acolher as pessoas", disse Rodrigo Azevedo, arquiteto chefe do Observatório da Cidade, da Universidade Estácio de Sá, e autor do projeto. "A CET-Rio já aprovou a criação destas ruas de pedestres e a construção de equipamentos verdes ao largo da Rua Santa Maria" - a zona mais quente da região, segundo o mapa de calor levantado pela prefeitura. O secretário municipal de Meio Ambiente, Bernardo Egas, confirmou sua intenção de ajudar na construção do parque. "Fui convencido de sua necessidade já na primeira reunião que tivemos. Esse parque verde pode proporcionar a sinergia entre moradores e funcionários de empresas, e transformar a região. Só precisamos agora achar quem se disponha a bancar a sua manutenção", disse.


Foram tratadas outras questões que também angustiam os moradores - estiveram presentes representantes dos moradores e presidente das associações de moradores do São Carlos, Catumbi e Cidade Nova. Junior Perim, diretor-presidente do Circo e organizador do evento, revelou que um dos maiores dramas da população carente é o registro de crianças. Ele contou que, certa vez, teve dificuldades em matricular uma criança no projeto Circo Social, porque ela não era registrada - assim como sua mãe e sua avó. Um mutirão social unindo Estado e Município também foi articulado neste primeiro encontro. A próxima reunião acontecerá dia 13 de fevereiro.


Veja projeto do Parque Cidade Nova aqui.