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Centro Cultural OAB

Cultura + Parque público

O terreno utilizado para o Centro Cultural OAB é onde hoje se localiza o antigo Fórum de Campinho, Madureira, uma edificação de três pavimentos, abandonada e com sérios problemas estruturais. Inicialmente, consideramos a possibilidade de reutilização desta edificação, inserindo ai os usos culturais e de prestação de serviços da OAB. Entretanto, sua conformação espacial restrita e os problemas estruturais em vigas e pilares nos obrigaram a demolir e propor uma nova, de acordo com os novos usos e a nova utilização do terreno como um parque público.


O novo parque foi criado a partir de um percurso com suave inclinação, que preserva as árvores e cria pequenos bosques que abrigam mobiliário de permanência e lazer. O parque interliga o acesso à edificação no topo do terreno, criando uma zona de transição verde entre a cidade e o centro cultural. A edificação que abriga os novos usos culturais e de assitência jurídica da OAB surge ao término do sinuoso percurso do parque, como um mirante do bairro. Sua posição estratégica no cume do terreno permite uma vista total da paisagem, se tornando uma referência urbana da região. O prédio é suspenso por uma superestrutura de pilares e vigas de forma que o espaço sob sua projeção fica totalmente liberado de pilares de apoio, permitindo usos diversos.


A distribuição dos programas de uso no seu interior segue uma lógica de demanda: mais próximo ao rés do chão, os usos que atraem um maior e mais diversificado público, como a Praça digital (espaço localizado sob a edificação, será onde ocorrerá diversos eventos e projeções de imagens em grande formato, com filmes nacionais, fotografias e trabalhos realizados nas oficinas. A idéia é fazer do espaço um local de lazer midiático, com diversos produtos interativos, como o Beco das Palavras do Museu da Língua (SP), a instalação de luzes e cores do Top of the Rock, no Rockefeller Center, em Nova York, entre outros); Nucleo digital (espaço com 60 computadores e acesso à internet em banda larga para uso gratuito e associado a cursos variados. Criação de interface específica para acesso a serviços jurídicos e serviços ao cidadão); Sala de cinema digital com 105 lugares (sala será voltada para a exibição de filmes nacionais e produções realizadas por usuários do projeto); Salas para cursos (serão quatro salas para abrigar as seguintes funções: Produção digital (com ilha completa de pós-produção e pequeno estúdio de áudio): estimular a produção de filmes e vídeos por alunos dos cursos a serem ministrados e pela população do bairro; Produção de design digital e de fotografia digital; Cursos diversos, com capacidade para 20 pessoas cada e equipamentos de ponta: formação cultural (filosofia, história, arte, temas atuais); produção cultural (audiovisual, games, design, fotografia, arte digital); informática (uso de programas; pesquisa; linguagens de programação); Direito (aperfeiçoamento profissional); e cidadania (direitos do cidadão); Biblioteca (dedicada a assuntos jurídicos, com livros e periódicos relacionados a todos os campos do Direito e as atividades desenvolvidas no interior da edificação (cinema, multimidia, design)) e, na cobertura, o Núcleo de atendimento OAB-RJ – dez salas para trabalho e duas para reunião com acesso exclusivo ao terraço verde.


Como uma grande varanda, o prédio se abre para paisagem, permitindo circulação de ar e iluminação natural. As áreas condicionadas se restringem aos espaços de pesquisa, cursos e administração, reduzindo os custos de manutenção.



Cliente: OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, Rio de Janeiro.

Local: Madureira, Rio de Janeiro.

Área: 2.500m2 (edificações) / 4.000m2 (parque).

Data: 2008-2009.

Equipe: Eduardo Trelles, Renate van de Plassche, Uli Schifferdecker.

Maquete: Robério Catelani

Programação visual: Cubículo

Cálculo estrutural: Casagrande engenharia

Instalações prediais: PROJEM

Mídia: Superuber



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